sábado, 5 de julho de 2008
O AMX é fruto de um consórcio integrado pela Alenia, Aermacchi e Embraer para o desenvolvimento e construção de um caça de ataque leve para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Aeronautica Militare Italiana (AMI), assinado em julho de 1981. O programa previa a construção de seis protótipos, dois dos quais seriam montados e testados no Brasil. O primeiro protótipo, o A.01, recebeu a matrícula militar italiana MM X594 e levantou vôo pela primeira vez em 15 de maio de 1984. Durante o quinto vôo ocorreu uma pane na turbina durante a aproximação para o pouso, mas apesar de ter acionado o assento ejetável, o piloto veio a falecer devido aos ferimentos sofridos, dada a alta velocidade vertical da aeronave em queda. A pane ocorreu devido à redução de admissão de ar à turbina, causada pelo ângulo de ataque (18º, o limite imposto à aeronave durante aquela fase do desenvolvimento), combinado com uma baixa taxa de rotações (52% RPM). Os testes em vôo reiniciaram em novembro daquele mesmo ano, com o segundo protótipo A.02 MM X595 e em janeiro de 1985 voou o terceiro protótipo para avaliação dos armamentos e aviônicos. O primeiro protótipo fabricado no Brasil (designado A-1) foi o FAB 4200, que alcançou vôo em 16 de outubro de 1985. O último protótipo (também fabricado no Brasil) voou em dezembro de 1986.
Ainda em 1986, decidiu-se pela produção de uma versão de treinamento biplace, com o piloto e instrutor sentados em tandem, o assento do instrutor situado a maior altura do que o do piloto. Com a produção de três outros protótipos, um deles fabricado no Brasil; esses protótipos voaram em 1989 e 1990. A versão de treinamento é totalmente funcional em termos de ataque, a única diferença sendo a menor capacidade interna de combustível, causada pela instalação do segundo assento na cabine. A AMI recebeu seu primeiro AMX em 1989, seguido da FAB em 1990.
A Venezuela encomendou 8 aeronaves AMX-T para treinamento avançado e ataque, e em breve os AMX da FAB deverão passar por um upgrade, podendo ser equipados com um radar multimodo de fabricação nacional com capacidade ar-ar, ar-solo e ar-mar e novos aviônicos. O batismo de fogo do AMX ocorreu durante o recente conflito entre a OTAN e a Iugoslávia sobre a província de Kosovo, no qual teve grande sucesso. Além disso, em 1998, a FAB foi convidada a participar do exercício Red Flag conduzido pela USAF, onde aeronaves americanas e de países amigos para engajar os mais variados alvos. O AMX, mesmo operando com as mais variadas ameaças terrestre e aéreas, conseguiram na maior parte das missões penetrar as defesas inimigas e conseguindo ótimos índice de acertos, demonstrando a capacidade da aeronave em operar num ambiente moderno. O AMX possui uma baixa assinatura radar, grande precisão no lançamento de bombas e excelente raio de ação, além do enorme potencial de crescimento de seus sistemas, tornando o pequeno caça um dos aviões mais letais no ataque ao solo.
Especificações
a Tipo: Caça-Bombardeiro
a Ano: 1984
a Operadores: Brasil, Itália e Venezuela
a Motor: 1 turbofan Rolls Royce Spey MK 807
Empuxo máximo militar 49 kN
a Pesos:
Vazio 6.640 kg
Máximo na decolagem 13.000 kg
Capacidade de combustível 3.555l em tanques internos (fuselagem e asa); capacidade para dois tanques de 1.000l (799kg) nos pontos internos das asas e dois tanques de 500l (399kg) nos pontos externos
a Dimensões:
Altura 4,57 m
Envergadura 8,87 m
Comprimento 13,57 m
Superfície alar 21.00 m²
a Performances:
Vel. máxima (a 305 m) 1.160 Km/h
Vel. de ascenção 3.840 m/min
Teto de serviço 13.000 m
a Autonomia:
Perfil "HI-LO-HI" + carga bélica de 907Kg 890 Km
Perfil "LO-LO-LO" + carga bélica de 907Kg 555 Km
Perfil "HI-LO-HI" + carga bélica de 2.720Kg 520 Km
Perfil "LO-LO-LO" + carga bélica de 2.720Kg 370 Km
Máxima (com tanques de 1000 L) 3.150 Km
a Armamentos:
Armamentos Bombas guiadas a laser e IR; bombas de queda livre, de fragmentação e anti-pista; mísseis ar-superfície e anti-navio; mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder e MAA-1 Piranha
Outros Dois canhões DEFA 554 de 30mm (versão brasileira) ou 1 canhão Gatling Vulcan M61A1 de 20 mm (versão italiana); um ponto ventral para 907Kg; dois pontos internos subalares para 907Kg; dois pontos subalares externos para 454Kg; dois mísseis ar-ar em trilhos nas pontas das asas. Carga bélica máxima de 3.800 kg.
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