
A seguir a Boeing lançou a Série 200 (fabricou 393 deles). O primeiro entrou em operação em 1971 (a produção em série iniciou-se em Março de 1971) e o último foi entregue 20 anos depois, em 1991. A aparência externa era a mesma da Série 100, com a diferença de se ter a opção das versões exclusivamente de passageiros (747-200B ou C), de cargas (747-200F) ou mista (cargas e passageiros - 747.200Combi), podendo também fazer uma rápida conversão entre uma versão e outra. A versão cargueira (747-200F), transportava 90 toneladas em vôos transatlânticos, com um custo por milha voada, cerca de 35% menor que os Boeing 707F, tendo a opção de porta larga lateral ou ainda da abertura frontal do bico da aeronave, que assim, poderia transportar cargas bastante volumosas. A versão 200 era um pouco mais econômica que a versão 100 (16.500 litros/hora de vôo).
Em 1983, entra em operação o 747-300, tendo incorporado a primeira das grandes alterações nesse tipo de aeronave. Possuia um deck superior (2° andar) bastante grande, turbinas bem mais modernas e econômicas, gerando com isso uma grande economia para as empresas - o custo por passageiro transportado era cerca de 25% menor -. Aumentou também em 10% a quantidade de passageiros por aeronave. Foi produzida nas versões passageiros (747-300B), misto (747-300Combi) - cargas e passageiros - e outra versão para rotas curtas, com tanques menores e maior quantidade de carga e passageiros transportados por vôo.
Hoje a versão utilizada é a Série 400, que inclui os últimos aviônicos e sistemas disponíveis, cabina de comando totalmente digital e com todos os equipamentos mais modernos e seguros existentes no mercado. Possui uma autonomia de 13.360 km de vôo nonstop. O primeiro 747-400 foi entregue em 1989 para a Northwest Airlines e, desde a primeira versão dos 747 (Série 100), já foram entregues mais de 1.230 aeronaves 747, sendo 500 da série 400. As potentíssimas turbinas com capacidade acima de 62.200 libras de empuxo cada uma, são fabricadas pela General Electric - GE (CF6-80C2), Pratt &Whitney (PW4000) e pela Rolls Royce (RB211). Das 971 luzes-espia, switches e outras informações na cabina de comando do 747-200, cerca de 606 foram abolidas. Na versão 400, são "apenas" 365, facilitando a navegabilidade e monitoramento da aeronave de forma mais eficiente, racional e segura.
São 04 (quatro) as versões: Combi (passageiros e cargas), Freighter (cargueiro) - o maior do mundo em serviço atualmente, Domestic (alta capacidade de passageiros - até 568) em rotas curtas e o Passenger (passageiros para rotas longas. Estão em uso atual no mundo, cerca de 144 Boeing 747- Combi, sendo que 58 são do modelo 400Combi, operados por 30 empresas em todo o mundo. A Swissair foi a primeira operadora do 747-300Combi e a KLM (holandesa), foi a primeira a operar o 747-400Combi, que possui no deck superior, acomodação extra de 44 passageiros a mais que nas versões 100Combi (Sabena, da Bélgica foi a primeira a utilizar essa versão, no início de 1974) e 200 Combi (Air Canadá iniciou as operações com esse equipamento em fev/75).

A versão exclusivamente cargueira (freighter), tinha a capacidade para 98 toneladas de carga paga na Série 200, sendo que essa capacidade foi ampliada para 124 toneladas na Série 400 e com economia de combustível variável entre 10 e 16% a menos que a versão anterior. Desde a primeira entrega em Novembro de 1993 (B747-400F), para a CargoLux, de Luxemburgo, 11 empresas já operam esse tipo de aeronave, tendo sido encomendadas cerca de 73 e 36 já foram entregues. Entre 1972 e 1991, 73 aeronaves B-747-200F foram adquiridas e outras 75 haviam sido transformadas da versão passageiros para a versão cargueira, totalizando 148 em uso no mundo, atualmente.
Cerca de 31% da capacidade de transporte de carga aérea existente no mundo todo, estão nos porões dos Boeing 747F em atividade. Existem cerca de 19 B-747-100F transformados para carga como reserva técnica em caso de necessidade e que podem ser convertidos em aeronaves de passageiros em 48 horas. Eles foram utilizados na Operação Tempestade no Deserto, quando da invasão norte-americana no Irã.
A única empresa brasileira que operou 747 até hoje foi a VARIG, que chegou a operar com 7 (sete) dessas aeronaves nas versões 747-300 e 747-400, não as utilizando atualmente. Na América do Sul, Aerolineas Argentinas, Avianca (Colômbia) e Viasa (Venezuela), também operaram Boeing 747 no passado próximo.
- HISTÓRICO DO BOEING 747 -
Modelo 1ª compra 1° vôo Certificação 1ª entrega Entrada em serviço 1ª empresa a operar Última entrega
747-100/SR/B
13/04/66
09/02/69
30/12/69
13/12/69
21/01/70
Pan Am
9/86
Japan Air Lines
747-200
19/12/68
11/10/70
23/12/70
15/01/71
06/71
KLM
12/90
USAF
747-200F
03/03/69
30/11/71
07/03/72
10/03/72
19/04/72
Lufthansa
11/91
Nippon Cargo
747-200C
27/03/72
23/03/73
24/04/73
30/04/73
05/73
World Airways
9/88
Martinair
747SP
10/09/73
04/07/75
04/02/76
05/03/76
25/04/76
Pan Am
09/12/89
Abu Dhabi Govt. (UAE)
747-200M
08/04/74
18/11/74
07/03/75
07/03/75
07/03/75
Air Canada
09/12/89 -
Abu Dhabi Govt. (UAE)
747-300M
11/06/80
14/02/83
05/03/83
05/03/83
03/83
Swissair
9/90
Sabena
747-300/SR
11/06/80
05/10/82
07/03/83
01/03/83
(Para UTA)
28/03/83
Swissair
10/88
Japan Asia
747-400
22/10/85
29/04/88
10/01/89
26/01/89
09/02/89
Northwest
(*)
747-400M
09/04/86
30/06/89
10/01/89
01/09/89
09/89
KLM
(*)
747-400D
18/12/88
18/03/91
10/10/91
10/10/91
10/91
Japan Air Lines
(*)
747-400F
13/09/89
04/05/93
22/10/93
10/10/91
17/11/93
Cargolux
(*)
747-400ER
19/12/00
747-400ERF 30/04/01
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